Edmilson Peixoto
A 1ª Gincana Ambiental Estudantil de característica lúdica oportunizou prazer na execução de inúmeras atividades desenvolvidas pelos alunos da Escola Estadual João Nelson dos Prazeres Henriques, sendo considerada por todos um grande sucesso porque teve seus objetivos previstos plenamente concretizados ao abordar sobre a conscientização ambiental. 


A primeira proposta do projeto era difundir um processo de socialização entre alunos e turmas e destas com a sociedade e seu meio através de atividades coletivas para exercitar o intelecto, o respeito mútuo e o acato às regras. Em segundo, refletir sobre os impactos ambientais negativos provocados pelo homem e suas formas de superação, atrelados ao processo de aprendizagem, conforme todos os alunos foram unânimes em afirmar. 

As atividades iniciaram no mês de março com a realização de um curso on-line sobre “noções de meio ambiente” para familiarizar os participantes com o tema, além de redação, cordel, documentário, oficina e exposição na escola. Na semana do meio ambiente os alunos participaram de palestras, plantio de árvores na escola e nos bairros, caminhada de conscientização pelas ruas da cidade, trilha ecológica no bosque e atividades culturais e de lazer. 

Muita empolgação marcaram as dezessete equipes participantes, que criaram seus gritos de guerra, paródias, bandeiras e nomes temáticos, além de instituírem um capitão para cada equipe e caracterizarem as turmas com crachás e camisetas específicas. Portanto um dos pontos fortes da Gincana foi o recolhimento de materiais descartados na natureza como pneus, garrafas tipo pet, óleo utilizado em frituras e latinhas de cerveja e refrigerante para que fossem reciclados. 

Para compensar tanto esforço, as equipes que mais pontuaram fizeram uma excursão ao município de Tucuruí e numa programação que durou três dias e puderam conhecer outros municípios, assistir em conjunto uma sessão de cinema, tomar banho numa praia artificial no município de Breu Branco, visitar a cidade e o grande projeto da Usina Hidrelétrica de Tucuruí, recebendo todas as explicações possíveis sobre a usina e eclusas por parte dos funcionários da Eletrobrás. Outras equipes que se aproximaram das primeiras em termo de pontuação, também excursionaram para a Serra dos Carajás por um dia. 

É preciso sempre contribuir com o debate para a conscientização com ações que assegurem a promoção da vida no planeta a partir de atitudes e valores indispensáveis à formação da cidadania plena e da ética relacionados aos problemas que afetam o meio ambiente e acredito que os alunos já estão fazendo sua parte. A Gincana foi aprovada pela maioria, já estamos no aguardo da 2ª edição no mês de junho do ano que vem. 

Parabéns aos alunos, professores e diretores que fizeram a 1ª Gincana Ambiental Estudantil acontecer e até a próxima.
Edmilson Peixoto
Autor: Edmilson Alves Peixoto
Publicado na Edição nº 34 do Jornal "O Pioneiro" (05/06 a 20/06/2011)

É preocupante quando o anormal se torna normal como os “gatos elétricos” em nosso município e até passam a fazer parte de nossa cultura, mas sem perceber que estas ações clandestinas estão se tornando prática comum, formando uma verdadeira “marginalidade intelectual”, pois são gerações inteiras convivendo com esta e outras ilegalidades. 


Estes “atos ilícitos” de trabalhar na “clandestinidade da gatunice” são qualificados como crimes por tratar da subtração de energia. Mas como aplicar a lei, se aqueles que deveriam dar suporte para sua aplicação não tem moral por não ampliar a capacidade e a qualidade do atendimento no setor elétrico? Surge a partir daí, os “gateiros”. Mas, ninguém quer ser “gateiro” o que todos querem é atuar na legalidade e não ser mais taxados de “clandestinos” mesmo pagando a conta com muitos impostos. 

Assim, é fácil decifrar que neste “balaio de gatos” os verdadeiros culpados são os governos e as concessionárias que vivem a cantarolar: “tô nem aí, tô nem aí” e querem mesmo é que todos se explodam num enorme curto-circuito, porque para os culpados não existe lei, muito menos punição e ficamos a ver navios. Ou melhor: sem ver nada às escuras e muito menos sem ter uma solução para o problema. 

Problemas estes que se resumem em “gambiarras” prá todo lado. É gente subindo em poste, descendo de poste, olhando o transformador pegando fogo, orando prá Deus tomar conta, fazendo “vaquinha” para comprar um cabo mais potente, colocando um fio aqui, outro ali, outro acolá, numa questão de mera sobrevivência para que “os ratos” não os devorem. Pior, é que às vezes, prá fugir dos “ratos”, alguns “gateiros” ficam “engatados”, nos seus próprios “gatos”, para alegria dos “ratos” que irão conquistar votos de outros sofredores nos velórios e lamentar pelos “votos eletrocutados”. 

Acredito que em virtude dos felinos terem mitologicamente sete vidas, muitas vidas ainda deverão passar por debaixo desse emaranhado de fios, porque o que interessa mesmo é a vida dos ratos e a exploração mineral que gera o lucro multinacional. Ali sim, energia de qualidade e tratamento elétrico vip e ao povão resta tão somente “fazer gatos” e ter uma carga excessiva de impostos para assegurar que os incentivos fiscais e energia elétrica de qualidade possam ser mantidos pelo estado ao grande capital. Por outro lado, grandes empreendimentos vão sendo instalados e nossa riqueza sendo levada, mas não se vê nenhuma perspectiva de ter energia elétrica decente para o povo deste lugar. 

Só resta uma alternativa: a mobilização popular para fazer com que capitalistas, governos e responsáveis pelo desserviço elétrico resolvam o problema. Seria normal se os representantes populares encabeçassem esta ação, mas como prevalece a anormalidade, é preciso que a massa vá para as ruas protestar e cobrar mais respeito e acima de tudo o fim da profissão de “gateiro”, dos “gatos elétricos” dos “ratos” e de outros bichos sanguessugas.