Edmilson Peixoto

Autor: Edmilson Alves Peixoto
Publicado na Edição nº 24 do Jornal "O Pioneiro"

Está se aproximando o dia de mais uma eleição. De um lado o “povão” inerte, confuso, frustrado e muito decepcionado. Tudo porque é chegado o momento de referendar os nomes dos seus “representantes”. O pior é que nunca, ou dificilmente estes representantes realmente os defendem quando eles mais precisam. A desmotivação do voto é fruto desta relação mal sucedida e pela falta de participação popular na vida e nos acontecimentos políticos.

Por outro lado estão os pretendentes a representantes. Todos, assim muito apaixonados pelo voto desta gente, parece até amor à primeira vista. Por isso, o que tem de paraquedistas caindo por aqui, não é brincadeira. Inclusive tem gente que nem sequer tínhamos ouvido falar que existia, mas, estão por aí declarando que ama esta cidade e seu povo como nunca amou ninguém. Outro dia ouvi um discurso de uns candidatos da capital que quase chorei de emoção. Estes “cidadãos” tem um poder de embromação tão grande, que se você não tomar cuidado, eles te enrolam mesmo, dizendo que vai fazer e que tudo vai acontecer. Que não fez porque o tempo foi curto. Que precisa de mais, [tempo?]. Pior que sempre acreditamos.

Cada dia torna-se mais difícil esta relação entre representantes e representados e temos que escolher. O que fazer? É difícil por existir poucas alternativas. Primeiro, nunca sabemos quem realmente indicam estas pessoas em quem devemos votar e nos representar. Os partidos sempre repetem os mesmos políticos e não oportunizam gente de ideias novas e quando isso ocorre, os antigos já tem o domínio e as “treitas” eleitorais, não dando chances de disputa para quem pensa e quer agir diferente. Por último, tivemos candidaturas indeferidas de pessoas que nunca ingressaram na política, enquanto antigos políticos tiveram suas candidaturas aprovadas mesmo tendo um passado de ficha imensamente “suja”, ou melhor, “imunda” e estão aí disputando mais um pleito eleitoral e com “chances” de serem mais uma vez, eleitos

Uma das alternativas seria apoiar os candidatos locais, pelo menos teríamos a oportunidade de estarmos mais próximos e cobrar nossa participação política porque todos os indivíduos têm o dever de participar da vida social, afinal, os representantes devem apresentar as demandas dos seus representados e estes conhecem ou vivem um pouco esta realidade.

Portanto, com o comportamento dos nossos políticos, não é raro que as pessoas se recusem a exercer seu direito de participação, e se limitam a cuidar dos assuntos de seus interesses particular imediato, dizendo que não gostam de política ou que não entendem disso. Outros, já gozam de situação econômica privilegiada e acham que, por esse motivo, sempre viverão bem, mesmo com um mal representante. Não se importam com o fato de haver pessoas e famílias sofrendo discriminação e vivendo na miséria, sem terem o mínimo necessário para estar de acordo com as exigências da dignidade humana, assim, não é justo que só alguns tomem as decisões que os outros ficarão obrigados a cumprir, principalmente se estas decisões partem daqueles que se dizem representantes do povo.

Que possamos eleger pessoas dignas de nos representar e que nos oportunize a participação no processo político atendendo aos anseios e expectativas populares.