Edmilson Peixoto
O poder do pensamento, da criação e desconstrução humana é extraordinário e às vezes intrigante.
Quando nos referimos ao “ser importante”, percebemos que tudo, não passa de um processo contínuo de construção e/ou desconstrução humana, tendo como aliados, o espaço, o tempo e a cultura em que o indivíduo está inserido.
Ao nascer, o ser humano é apenas um organismo biológico, totalmente desprovido de cultura, que à medida que estabelece relações com outros seres de sua espécie, compreende o mundo de acordo com esta convivência, iniciando na família, onde passa por um dos primeiros ritos de passagem que é o princípio do processo de construção de sua sociabilidade podendo até desconstruir ou ampliar este aprendizado futuramente com a aquisição de novos conhecimentos em outros grupos sociais.
A violência, antítese da paz, por exemplo, não são meros acasos, mas produções humanas, construídas socialmente e que assusta, revolta e até comove aquele que sofre no outro lado e que também é outro ser humano. Esta violência, portanto, é praticada por homens de natureza egoísta, perversa ou incessível, mas, que adquiriram nos ensinamentos de sua própria sociedade e este aprendizado em sua maioria de forma desumanizada e sem valores morais faz-nos refletir as palavras do filósofo Jean-Jacques Rousseau: “o homem nasce bom e a sociedade o corrompe”.
A paz tão desejada por uma imensa parcela de indivíduos, sufocada por uma minoria violenta, está associada aos comportamentos adequados e estilos de vida aceitos socialmente, necessitando ser construída e expandida enquanto produto cultural no seio da sociedade. Por outro lado é preciso também avançar na desconstrução das práticas culturais de violência que existem.
Um grande exemplo desta construção ou desconstrução está em Mahatma Gandhi, um dos maiores defensores da cultura de paz, mas, assassinado no dia 30 de janeiro de 1948, e o dia de sua morte foi proclamado como o dia da não-violência em sua homenagem. Portanto, deixa para nós, o ideal de paz e não-violência assim descritas em uma de suas frases: "Não existe um caminho para a paz! A paz é o caminho!".
Portanto, acreditamos que a educação, a vivência dos valores sociais e a cooperação mútua entre os povos, possam ser parceiros na construção de elementos que traga a paz ao ser humano em tempos de muita violência, principalmente contra os direitos do negro, da mulher, do índio, dos idosos, enfim, dos direitos de todos os seres humanos.