Edmilson Peixoto
Autor: Edmilson Alves Peixoto
Publicado no Jornal "O Pioneiro" e no Jornal "Opinião"

Analisando bem o termo importante em relação ao sujeito, é plausível de reflexão não somente o indivíduo “importante”, mas também o tempo e o momento em que se vive.
De um lado, ser importante e ter poder, pode ser convergente ou porque não dizer que pode também ter uma característica antagônica ao mesmo tempo. Depende muito com quem se relaciona, qual a tendência dessa relação e onde e quando acontece a tal importância.
A frase popular “Diz-me com quem andas que te direi quem és”, faz uma ligação com o cotidiano do ser que é importante ou que assim se considera em seus diferentes aspectos, tanto no campo político, filisófico, religioso, ético, moral, social, cultural, ou em qualquer das relações de poder com que se identifica.
Veja bem: se as relações com o grupo ou com o cidadão do grupo são afinadas ideologicamente, o ser importante passa a ter importância extrema no processo da reciprocidade da confidência das estratégias e dos segredos e as portas se abrem pela comunhão desta linha de pensamento confidencial. Entretanto, o mesmo ser importante, neste momento, que importância tem para os opositores do pensamento? Nenhuma. Provavelmente traçarão metas para eliminar esta importância.
O importante do momento passa a ser um ser sem importância porque a importância é um valor moral na linha da viseira e amoral para quem está olhando para o oposto.
Assim, ser importante é estar atrelado a apenas uma parcela ou frações da unidade, mas quando se tratam da universalidade, o outro lado fracionário pode tratar esse mesmo indivíduo como um ser importante, mas sem a devida importância.
Afinal de contas, quem é importante? É bastante confuso, mas também está muito claro. Ser importante é quebrar a relação da utopia, da democracia, da anarquia e não ser importante é ser brega, sem valor e se for dotado de poder sem ser importante na forma elegante, passa a ser ignorado sem ser respeitado. Assim vejamos: A importância se concretiza em aspectos como no carro em que se passeia, na roupa em que se veste, no amigo que tem como companhia, no político de dentro do grupo, na qualidade da casa que moras, na família e nome da família que se tem, na escola que estuda, no local que se trabalha, etc., etc., etc. e tantos outros.
Ser importante é sentir-se melhor que o outro, ou estar acima do outro numa hierarquia não visível de poder, ou estar hierarquizado. Ou seja, é ter alguém menos importante ou sem importância numa escala inferior de poder.
Todos nós somos importantes. Depende somente do momento e do tempo para que haja alguém menos importante ou até mesmo no nosso íntimo quando sentimos que não somos notados ou inadequados e evidentemente sentimos que somos um ser ou seres sem nenhuma importância.