Edmilson Peixoto
Autor: Edmilson Alves Peixoto
Publicado na Edição nº 18 do Jornal "O Pioneiro"

Começou a caça aos votos. Alguns políticos que depois de desaparecer por quatro anos, estão de volta se reapresentando ao povo. Entra em cena a competição eleitoral que sempre se conflita com o tempo das copas do mundo. Momento em que o povão anestesiado da paixão pelo futebol arte da seleção brasileira, esquece por instantes as frustrações e desilusões políticas. Essa dupla função em dividir a atenção faz com que um olho esteja na TV para assistir o “jogo do Brasil” e o outro no político picareta e paraquedista que torce com você eleitor, e dependendo das circunstâncias do jogo, chora lágrimas de crocodilo. Mas, se o resultado for bom, come do seu churrasco comemorativo e pior ainda, te abraça, dá tapinhas nas costas de tanta felicidade por aquele momento ímpar que só volta a acontecer daqui a exatos quatro anos.

Recentemente, eu e vários torcedores, dividimos nossa atenção entre a escalação da seleção de Dunga para os jogos na África do Sul, com vários políticos que caíram por aqui, sem contar com aqueles que são os chamados de “santos de casa”, pois conforme o dito popular, não faz milagres, entretanto não caem de paraquedas, mas precisam ser olhados.

Entre os paraquedistas, tem aqueles que chegam, não fazem nenhuma proposta que visem alguma melhoria na qualidade de vida do povo, mas sai por aí falando que é o rei da pamonha de Val de Cães e parte para o ataque como se fosse o Robinho, dizendo que faz e que acontece, que prende, que apanha, que mata. Rechaça, satiriza e condena o local instituído por manifestação popular. Uma vergonha do nível básico ao nacional. Pior, para quem nunca se manifestou em se posicionar na defesa dos pagadores de impostos, ”leiam-se eleitores”, durante tanto tempo de mandato. Aí pergunto: porque apareceu agora? Foi só prá comer do nosso churrasco enquanto assistíamos boquiaberta a escalação em que Neymar e Ganso ficaram de fora.

Ainda tem aqueles que caem, deixam o paraquedas aberto para alçar outros voos, porque não tem muito tempo a “perder” por falta de ações de mandato e se justificam de todas as formas dizendo que não pôde fazer nada, por causa da crise internacional, das catástrofes recentes que abalaram o Haiti e o Chile e que estavam preparando conversa pra boi dormir.

Percebemos então que políticos têm de todos os tipos e gostos, mas, são os piores tipos e os piores gostos os mais preferidos por serem extrovertidos, bons de “lábia”, ou seja, entendem do “enroleition”, do “roboleition” e do “embromeition”, apesar de não terem propostas práticas em favor dos “pagadores de impostos” que os mantém no poder.

Portanto, que o olho para vigiar os políticos esteja bem aberto e o outro consiga ver muitos gols. Do Brasil, é claro!...